AEIST 30 - ISCPSI 27

Relatório da Amnistia Internacional Aponta o Dedo à Polícia

Quando vi um jogador nosso a sofrer um ippon muito depois de o árbitro ter parado o jogo, não percebi bem o que se estava a passar, mas com o decorrer da partida, e o avolumar de malta a gemer de dor, foi-se percebendo melhor.

Caso 1: Nariz quase partido
Caso 2: Colagem de ombros
Caso 3: Paralítica no joelho
Caso 4: Cabeça aberta e sangramento abundante, árbitro esbugalhado.

Tudo coisas que, num primeiro momento, até pareceu que obrigariam o Eduardo a atravessar a rua para acompanhar atletas. Felizmente não.

E até eu, gajo pacífico e inofensivo, fui brindado com bolada na testa, logo ao primeiro toque na bola. Enfim, isto hoje foi rijnho! Muitos braços e peitos bastante encarnados.

Novidade do dia: ganhámos um jogo.

Este acontecimento incomum baseou-se numa exibição razoável, que até começou algo trémula, com desvantagens de 0-3 e 3-6. Felizmente lá se foi acertando a defesa, obrigando os adversários a cometer erros no ataque. Ao mesmo tempo fomos conseguindo explorar as formas de romper a defesa adversária, e apesar de haver jogadores nossos a falhar muito (quase que fomos obrigados a um telefonema para Inglaterra para fazer queixinhas do irmão mais novo). Fomos marcando golos, mas eles também iam arranjando maneira de fazer o mesmo, e assim chegámos ao intervalo com um 14-11. Os adversários, apesar de alguma desorganização, dispunham de uma ou duas unidades com recursos suficientes para fazer alguma mossa na nossa defesa, e assim se justifica a vantagem curta.

A segunda parte seguiu mais ou menos a mesma toada, com a diferença de ter havido sangue a jorrar de uma cabeça, em vez de ser de um nariz. Foi de tal forma que a vantagem no fim do jogo foi a mesma que ao intervalo - à custa de alguns golos de ponta que comi muito mal comidos, fomos perdendo a máxima distância que conseguimos, 5 golos (5!).

Momento algo egocêntrico: gostaram daquela minha defesa COS TOMATES?
Meus momentos preferidos do jogo: golo de contra-ataque do Amaro, a passe do GR Zé; golo do Cruz depois de pôr a bola a saltar, outro golo do Cruz com um passe muita bom não sei de quem (Nico?); regresso do velho Carrelha; Amaral em boa forma; 30 golos; passe do Miguel.



A imagem no topo, com o actor Dinarte Freitas ensaguentado, foi obtida algures nas filmagens da curta-metragem Blarghaaahrgarg.