AEIST 23 - AMilitar 23
Desta vez, ao contrário da semana passada, até estivemos a maior parte do tempo em vantagem (apesar de nos momentos iniciais termos tido um período de desvantagem, que começa a ser típico para nós). No entanto, desta vez soubemos agarrar o jogo, e ter um ascendente claro sobre os adversário - claro mas não avassalador, uma vez que a nossa vantagem nunca foi muito grande, tendo chegado, no nosso melhor momento, aos 5 golos.
Tivemos um golo espectacular - Manuel Rosa, em rotação, de costas para a baliza - anulado por pretensa invasão da área do guarda-redes. Doeu-me ver este companheiro, de voz trémula e olhos quase marejados de lágrimas, no tempo técnico, dizendo "marquei um golo que nunca mais vou marcar, o sonho de uma vida, e é anulado por estes dois incompetentes".
Tivemos ainda uma exibição de grande nível de Rui Andrade, que se mostra cada vez mais confiante e esclarecido, talvez devido ao facto de agora se ter iniciado na vida profissional. Hoje foi uma verdadeira parede.
Enfim, é mais ou menos ao chegar mais ou menos a meio (ou 2/3) da 2ª parte, que as coisas se começaram a complicar para nós. Aos árbitros, a fome começa a tirar o discernimento (Marcelo suspirava, com voz dolente, antes do início do jogo "tenho fómi, tenho fómi"), e à nossa equipa os erros dos árbitros retiram-nos alguma concentração e o cansaço acumulado prejudicou a nossa acutilância e eficiência.
Ainda para mais, de uma convocatória de 14 jogadores afinal só estavam disponíveis 13, por uma desordem burocrática que urge esclarecer e para a qual ainda não há uma explicação clara. Ora, se há questão sensível quando se defronta uma destas equipas com preparação militar é a questão da recuperação física. Perante estes defensores da Pátria e dos Portugueses que correm dezenas de quilómetros carregando dezenas de quilos de manhã ao acordar, em jejum, um jogo de andebol é, fisicamente, um desafio facilmente transponível; isto, associado à disciplina e abnegação militar, faz com que até ao fim do jogo a concentração seja muito elevada e assim suportam-se melhor os erros de todas as equipas - equipa de arbitragem incluída.
Assim, a nossa equipa deixou uma vantagem relativamente confortável ser diminuída devido a alguns erros menores e outros erros maiores, que agora aqui não interessa pormenorizar - até porque eu tinha o treinador à frente e não vi bem - mas que nos deixaram nos últimos segundos com a defender mais ou menos desesperadamente. Na sequência de uma falta - inevitável e de cariz táctico, que levou a mais uma estreia na carreira do Manel - primeiro cartão vermelho(!!!) - e já depois do tempo regulamentar, a Academia Militar concretiza o livre, na nossa opinião de maneira ilegal, pois na execução o jogador invadiu a área dos 9 metros.
Assim, o Técnico voltou a perder pontos e voltou a terminar o jogo a discutir (cordialmente) os regulamentos com a equipa de arbitragem. E com um sentimento de frustração do caraças!!!
Destaque, na Academia Militar, para o número 9 (Bruno Morgado), que foi o autor de 12 dos 23 golos da equipa.
Primeiro cartão vermelho WTF?Manel, deves ser o jogador com mais fairplay de sempre...Já eu até vermelhos por fazer manguitos a uma árbitra levei :). Já agora peço aqui desculpa a toda a equipa por aquela tentativa de passe de costas a 2 minutos do fim seguida de uma exclusão, que provavelmente encavou o jogo. Como o Salada disse já ando nisto há muito tempo não posso andar a fazer borradas destas....Só posso prometer que no próximo jogo vou fazer melhor
ReplyDeleteSaraiva