Como deve de ser

AEIST 30 - ENaval 20

Hoje entrámos a marcar, sinal de que o dia (a noite) ia correr melhor do que nas semanas anteriores. Talvez hoje os adversários fossem menos incisivos que os anteriores nas acções ofensivas e defensivas, mas tivemos obviamente muito mérito na vantagem que começámos a construir logo desde o início de jogo (7-3 aos dez minutos). A nossa defesa foi suficientemente forte para suster a maior parte das iniciativas da Escola Naval, e conseguimos criar boas situações de ataque transformadas eficazmente em golos.

Num jogo em que estreámos três jogadores - Alexandre Toureiro, João Arromba e, finalmente, Luís Amaral - estas unidades revelaram-se importantes na manobra ofensiva da equipa: Toureiro concretizou muitas ocasiões na ponta esquerda e protagonizou um interessante duelo o pano e a rede do fundo do campo, uma vez que na baliza o adversário não lhe foi problemático, assinando uma estreia de elevado nível; Arromba acrescentou solidez numa fase do jogo que requeria frieza e inteligência; Amaral voltou a ter um rival particular - a burocracia - mas uma vez ultrapassados os obstáculos (em manobras que envolveram a direcção de diversos organismos e telefonemas urgentes para diversas entidades) pode jogar e acrescentar peso à nossa zona central, revelando-se afoito nas manobras ofensivas e muito capaz na defesa. Toureiro e Amaral foram aliás os mais rematadores.

De resto, toda a equipa esteve a bom nível. Exige-se no entanto mais violência ao grande Jorge Filipe, e mais concentração ao Paleta, que já queria substituir um jogador aloirado da Escola Naval, pensando que era o Felício. Destaque-se ainda a apetência de Calisto para acertar nos ferros, trazendo à baila o nome de Aniceto, que no treino da véspera protagonizara um duelo semelhante. Aniceto vs. Ferro à quarta, Calisto vs. Ferro à quinta. Andrade com eficácia elevada em particular nas bolas para baixo. Cruz e Neto com bom nível de eficácia defensiva, Cruz também muito eficaz ofensivamente (importantíssimo no arranque), Bonitão demonstrou qualidades, Felicio muito activo e concentrado. Saraiva forte e com excelentes rasgos, como habitual.

Andamento do marcador:
10 min 7-3
20 min 15-6
30 min 20-8
40 min 24-11
50 min 27-14
60 min 30-20 Acho que fiz merda, porque as partes só têm 25 minutos...
(20-8 ao intervalo é garantido; nos últimos 5 minutos da 2ª parte o marcador andou que se fartou)

O jogo termina ao som do apito. Na retina fica a imagem de Bostão a inventar, num lance que não ia dar em nada a não ser numa defesa do GR adversário - mais um rasgo típico de Saraiva, desta vez um rasgo parvo.

Hoje, como ganhámos e estávamos bem dispostos, houve corredor para os novos.

Estas crónicas começam a tornar-se obsoletas, porque agora temos uma folha de estatísticas que gera quase uma crónica com um input relativamente simples. Por causa dela também demorei um bocado mais a lançar a crónica, para ver tudo o que ela nos diz. É quase um oráculo.